Mais de 90% das famílias brasileiras notaram a elevação de preços dos alimentos no último mês, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (25).

 

O que aconteceu

Peso de inflação dos alimentos foi sentido por mais de 90% da população. A avaliação é apontada pelos moradores dos estados de Goiás (96%), Paraná (96%), Bahia (95%), Rio Grande do Sul (95%), São Paulo (95%), Minas Gerais (94%), Rio de Janeiro (94%) e Pernambuco (92%).

 

Avaliações confirmam os números da inflação oficial. Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) apontam que os preços dos itens do grupo de alimentos e bebidas subiram nos últimos cinco meses. A alta acumulada de 5,4% no período.

 

Alimentação em casa puxa a sequência de altas dos preços. Somente em janeiro, a variação de 1,07% dos produtos consumidos no domicílio foi puxada pelos preços da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%) e do café moído (8,56%).

 

Problemas climáticos interferiram na inflação dos alimentos. "O índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país", afirmou Fernando Gonçalves, gerente responsável pelo IPCA, na divulgação do índice de 2024.

 

Entrevistados avaliam que a economia "piorou" nos últimos 12 meses. A percepção negativa é liderada pelos habitantes do Paraná (61%)

 

Governo em alerta

Inflação dos alimentos impacta a imagem do governo Lula. O presidente chegou a pedir para que os consumidores deixem de comprar produtos que estejam muito caros. Os dados da pesquisa Quaest mostram também que a avaliação negativa do trabalho do presidente cresceu entre os moradores de todos os estados analisados

 

Lula reconhece que a perda do poder de compra é devastadora. "Uma das coisas mais importantes para a gente poder controlar o preço é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e desconfia que tal produto está caro, você não compra", disse em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia

 

Equipe econômica tenta reverter o impacto negativo da inflação. A alta dos alimentos é considerada por integrantes do governo um dos principais motivos para a queda de popularidade do presidente Lula, que já demonstrou que esse tema é uma de suas principais preocupações neste ano.


Fonte: uol economia 

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