O ex-líder presbiteriano pastor e teólogo Antônio Carlos Costa, conhecido por sua atuação como ativista progressista, causou controvérsia ao demonstrar solidariedade pública ao ministro Alexandre de Moraes, após a inclusão do nome do magistrado na lista de sanções do Tesouro dos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky — instrumento internacional voltado a punir violações de direitos humanos com severas restrições financeiras.
Antônio Carlos, que deixou oficialmente o ministério pastoral na Igreja Presbiteriana do Brasil em novembro de 2023, publicou uma nota em seu perfil no X (antigo Twitter), em que defende que o Estado brasileiro tem a obrigação de proteger Moraes, e o povo, o dever moral de apoiá-lo.
“Quero declarar publicamente minha total solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. O Estado brasileiro tem o dever de protegê-lo. E o povo, a responsabilidade de fazê-lo sentir-se amparado. Se há algo a ser discutido em nossa democracia, que seja nos marcos da Constituição, jamais sob a chantagem imperialista de um presidente estrangeiro”, escreveu o ex-líder religioso.
A declaração provocou reações dentro do meio evangélico, especialmente entre pastores com posicionamento mais conservador. O pastor Pedro Pamplona, da Igreja Batista Filadélfia (CE), expressou surpresa com uma expressão popular nordestina: “Peraí, maxo”.
Já o pastor Jack, da Igreja Vintage (RS), lamentou o gesto de apoio ao magistrado, interpretando a atitude como uma ruptura com o papel profético: “O profeta se aliou ao rei. Triste”, publicou.
O comentário mais contundente veio do pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança (RJ), que ironizou o posicionamento de Antônio Carlos:
“Ele pediu inclusive que o povo amparasse o ministro. Agora, vou dar uma sugestão: faça um protesto público na praia de Copacabana, fixe na areia um boneco do ministro e espere o apoio popular. Vamos ver o que vai acontecer.”
A sanção contra Alexandre de Moraes, anunciada em 30 de julho, gerou ampla repercussão nas redes e foi celebrada por opositores como sinal de reprovação internacional à sua conduta à frente do STF.
